Sono, Ronco e Apneia

Para quem respondeu que sim, sem hesitar, sugerimos pensar um pouco melhor no seu dia a dia. Vamos te ajudar: Você sente cansaço ou sonolência durante o dia? Percebe uma fadiga inexplicável? Tem dificuldades de concentração e vive esquecendo coisas simples? Você se irrita com muita facilidade? 

Se a sua resposta foi sim para alguma destas perguntas, então talvez seu sono não esteja tão bom quando você pensava!

O sono é uma das necessidades essenciais para a manutenção da saúde física e psicoemocional do ser humano. É durante o sono que acontece a restauração física que nos protege do desgaste natural causado pelas horas que passamos acordados. É também durante o sono que o cérebro processa inúmeras informações, e também tem momentos para um certo descanso. A privação do sono (sono insuficiente para ser restaurador), afeta de forma negativa o humor, aumentado a irritabilidade, a tomada de decisões, afetando muito o funcionamento social e laboral. Além disso, um sono não restaurador provocado pela apneia do sono traz prejuízos sérios endocrinológicos, cardiovasculares,  vasculocerebrais, e da libido.

A sonolência excessiva é um sinal forte e importante de um sono ruim, e é  relatada por 10% a 25% da população, sendo mais frequente entre adultos jovens e idosos. 

Dentre os principais distúrbios do sono tratados pela Odontologia estão o ronco, a apneia do sono e bruxismo, e desses a Apneia do Sono é o mais grave.

Ronco e apneia do sono (AOS)

Estudos comprovam que cerca de 50% dos adultos são roncadores frequentes. O ronco eventual traz constrangimento, e deve ser tratado. Quando ele se torna frequente e forte, principalmente após paradas respiratórias, é um sinal de alerta. Um paciente com estes sintomas pode ter a Apneia do sono, que é uma doença grave e insidiosa, e que traz seríssimas consequências para a saúde do paciente.

A síndrome da apneia obstrutiva do sono (AOS) afeta cerca de 1/3 da população adulta, mas também pode ser observada em crianças e adolescentes. Ela é considerada um problema de saúde pública, sendo uma doença crônica, progressiva, e incapacitante, além de apresentar uma alta taxa de mortalidade e morbidade cardiovascular.

A apneia obstrutiva do sono é uma síndrome caracterizada pelo colapso repetitivo das vias aérea superiores  que impedem e ou reduzem a passagem do ar durante o sono. Isso causa uma queda na saturação de oxigênio do sangue, resultando em uma série de sinais e sintomas nestes pacientes. 

Para diagnosticar a apneia do sono, deve ser realizado um exame de polissonografia, que pode quantificar a severidade do distúrbio. Além do ronco, da sonolência diária e da fadiga recorrente, outros sintomas como distúrbio de concentração, irritabilidade, comprometimento da memória, depressão, e diminuição da libido podem aparecer com o progresso da doença, levando a problemas sociais e trazer problemas de relacionamento.

São consequências sistêmicas comuns da AOS: hipertensão arterial e suas complicações, diabetes, demência, impotência, entre outras.